quarta-feira, 29 de junho de 2011

A Dança

 
Ao contrário do que muitos pensam minha vida não foi dedicada a dança.

Não foi por falta de vontade e sim por falta de oportunidades rs.
Comecei no ballet clássico (como toda boa menina rs) aos 3 anos na escola do bairro. Lembro que minha professora era uma fofa e eu tinha jeito pra coisa, sempre dançava na frente quando tinha apresentação.
Poucos anos depois mudei de escola e de professora. A nova, ao contrário da outra, era famosa, carrasca e lembro como se ela não gostasse de crianças rs. Eu deixava minha roupa de ballet e jazz com uma amiga que fazia as aulas no meu lugar. Quando a minha mãe descobriu fui um quiprocó kkk 
Logo depois veio o plano Collor e ficamos sem dinheiro, fui para uma escola pública e dançar era uma coisa cara.
Eu de vez enquanto ia visitar uma escola de dança e fazia umas aulas de graça e só.
Mas isso não me impedia de fazer as apresentações de dança na escola. Dancei aeróbica, lambada e tudo que era moda, completando assim meu currículo de VA kkkk
Aos 17 anos saí do magistério para fazer uma oficina de dança-teatro com o Sandro Borelli e minha vida mudou, ele me incentivou muito.
Acho que dançar é um dom meu, faço com facilidade e prazer. É uma das poucas coisas que me faz feliz !
No fim de alguns meses deixei a dança contemporânea para realizar meu sonho de fazer teatro, mas ocupava meu tempo livre (os sábados de manhã) com a dança do ventre.
Quando deixei o TUSP decidi me dedicar de vez à dança do ventre, flamenco e descobri a minha vida cigana!
Comecei a trabalhar com dança, me profissionalizei (o famoso DRT) e fui obrigada a fazer uma pausa.
Agora voltei a dançar e sei que a felicidade mora aqui, no meu corpinho alongado rsrs
E vamos em frente, porque ao contrário do que diz a massa, você não precisa ser novinha, nem magrinha pra dançar. O prazer não tem idade !!!

Profissão? Mutante !

Quem nunca viu (ou ouviu) o texto Filtro Solar com a voz do Bial, né !?
"Não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida. As pessoas mais interessantes que eu conheço não sabiam, aos 22, o que queriam fazer da vida. Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço ainda não sabem."

   O texto fala sobre experiência de vida e me peguei pensando nele, mais precisamente nesta parte, e em como fico sem ação ultimamente quando pedem pra eu responder: Profissão? Ocupação?
    Tem sempre uma cobrança, aos 30 você tem que ter uma profissão estabelecida, tem que saber o que você é.
    Eu, um pouco antes dos 30, comecei a me descobrir. Ainda estou querendo saber o que sou.
   Só cheguei a conclusão de que não é a minha ocupação que define quem eu sou, mas tudo que já fiz e vivi até hoje.

    Aos 15 anos eu só sabia que iria fazer o colegial e descobri, pelos amigos da escola, que haviam outras opções. O colégial técnico !
   Tentei no mesmo ano (pelo embalo dos colegas) nutrição na GV, algo estranho ligado a eletrônica (não lembro o curso) na Federal e magistério no Anglo Latino.
   Depois de algumas etapas de seleção fui aprovada no Anglo com 100% de bolsa para cursar magistério. Eu que adorava crianças pensei "Por que não!?!" e fui estudar.

   Lá conheci uma ótima professora que ministrava amplitude de conhecimentos, senso crítico e português.
   Conheci literatura diversas, escritores apaixonantes, interpretação de texto de verdade e o teatro.
   Assistindo um espetáculo teatral cheguei a conclusão que era aquilo que eu queria e fui atrás.

   Entre cursos (teatro e dança), platéia e palco, cheguei no TUSP e lá foram 6 anos de aprendizagem.
   De lá fui me dedicar a produção de eventos, música e minha paixão desde os 3 anos a dança.
   Conheci a dança cigana, minha raiz familiar na cultura, pessoas especiais e nasceu Carmem Goes.
   Foram mais 7 anos de muita experiência e crescimento como ser humano.

   Neste meio tempo casei, me descobri mãe, estudei, fiz quase 2 anos de psicologia e 3 de fisioterapia, dei aulas para crianças, para adultos, de teatro, de dança, vendi produtos eróticos, trabalhei com a sexualidade, fiz artesanato, fiquei também sem fazer nada.

   Hoje começo um novo trajeto, ainda é segredo, mas como sempre torço para que dê certo.
   Uma coisa eu aprendi nestes 30 anos, a importância do filtro solar rsrs
   Mesmo não sabendo o que responder direito quando questionam qual a minha ocupação. =)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Cada um no seu quadrado

    O papel social esperado de um pai de família é trabalhar fora e sustentar a todos, ponto.
    É perdoável se ele não tiver tempo ou paciência pros filhos, não participar das atividades diarias.
    Da mulher é esperado que seja a "rainha do lar", ficar a disposição de todo mundo e cuidar de tudo.
    Hoje em dia a mulher até pode trabalhar fora desde que não descuide dos seus deveres de mãe, esposa, dona de casa ou oriente muito bem uma empregada.
    Mas e se o homem optar por ser o cuidador da família !?!?!
    Que mulher nunca sofreu com um comentário do tipo: mas você só cuida da casa, não faz mais nada ! ¬ ¬
Agora imagina o status de um homem "dono de casa".


Pois é, mas é tudo questão de habilidade, aceitação e ponto de vista.


   Quer ver ????
   Que mulher nunca sonhou com um marido que TODO DIA acorda antes, ou quando o filho pula da cama, faz café da manhã pra todo mundo, te acorda com beijos e seu café (do jeitinho que vc gosta) pronto?
   Um que arrume o filho pra escola, leve ele sem reclamar (na verdade até goste disso), te ajude a arrumar a casa, te escute sempre e saiba seus gostos, cozinhe muitoooo bem e arrume a cozinhe, lave a louça todo dia, aprenda receitas novas pra agradar a todos, se preocupe com a sogra, cuide do filho, dê banho, coloque o pijama, faça dormir na hora certa?
   Ahhh e claro te pegue de jeito a noite ou simplesmente te respeite quando você não tá afim !?
   E se ele fizer tudo isso e ainda por cima te amar mesmo depois de você engordar 50 quilos, ficar doente, com dores, depender de remédios e muitas vezes ser chata que dói rs

 Pois é? Todo mundo né ! rsrs
   Qual mulher não daria metade do seu patrimonio pra viver assim ??
   Que mãe não teria como sonho uma filha bem cuidada e um genro carinhoso e preocupado com a sogra ?

   Então o valor dado para alguém está diretamente ligado em como essa pessoa é vista, ou por quem. rs


   Eu tenho um marido assim !!!!!
   Sorte a minha né !? rs
   Mas sofremos muito com o disse que disse, principalmente da família.
   Meu pai mesmo diz que o Erick "envergonha a raça". Só se for a raça dos ogros kkkkk
   Nós adaptamos os papéis por aqui, cada um faz o que tem mais habilidade pra fazer e assim tudo fica redondinho, cada um no seu quadrado pra tudo correr bem.
   E quando cobram "mas ele não trabalha???"  A gente responde "nossa e como !!!"
   Ahhh claro, ele é músico, produtor musical, toca e grava nas horas vagas e ganha um troco tb kkkkk



E tem um lugar reservado e muito especial em nossos corações !
Um homem perfeito e muito amado =)

Modelo de família

Papai Erick, Mamãe Carol, Claudio Gabriel, Gata Shanti e Vovó Cássia.

 

     Família cada uma monta a sua como bem entende, mas vai explicar isso pro mundo !
     Como TUDO na vida, sempre existe uma "regra" que muda conforme os anos, até pra família.
    Os outros esperam que você case, saia de casa, tenha seus filhos e visite seus pais de vez enquando e reuna a família gigante em datas especiais.
    Mas sempre tem um E SE ... E se você não casar, se não tiver filhos, se não sair da casa dos pais, se não tiver uma família grande, se a família não se reunir ... !?!?!
     Bom, aí vai ter que ter paciência pra explicar as diferenças e levar tudo no bom humor.
     Aqui demoramos um tempo pra descobrir que somos assim mesmo e felizes desta forma.
    Nossa família é assim: somos em 4, o centro é um menininho lindo chamado Claudio Gabriel que não tem tios ou primos de primeiro grau, mora com mamãe, papai e avó.
    Sim, para todos nós aqui a vovó é parte importante do núcleo familiar, moramos com ela.
    Sim, meu marido mora com a sogra e eles não se matam.
    Sim, a avó mima o neto todos os dias, 365 dias por ano.
    Sim, é a "pobre" da avó que sustenta a casa (por enquanto).
    Sim, aprendemos a aceitar o destino e amamos nossa família que convive muito bem embaixo do mesmo teto.
    E no livro da escola, o conceito família não corresponde aos desenhos do meu filho, afinal falta uma pessoa muito importânte, a vovó !
    Nós adaptamos nosso formato familiar e nos adaptamos a ele, sorte a nossa uma casa com tanto amor =)

Ahhhh tudo isso pra dizer que ontem, dia 26/06, foi aniversário da vovó.
Nosso dia foi voltado pra ela, com carinho e esforços de todos para um dia muito especial !
E que a vovó sempre saiba que é muito amada.
PARABÉNS  VOVÓ =)

domingo, 26 de junho de 2011

Meu guia


Esses links são bem interessantes
e estou colocando aqui porque sempre perco 
os meus favoritos no computador rs
Então é um guia pra mim que compartilho com quem quiser =)

Um passo de cada vez ...



Lógico que não é tão simples assim né !?!
         A gente come tanta coisa sem nem pensar direito na qualidade, vamos reproduzindo comportamentos sem questionar, seguindo a moda, tendências. Já são atos automáticos na maioria das vezes, assim como andamos sem prestar atenção na postura, dirigimos sem pensar nos pedais.
          Mas isso pode ser diferente e é isso que estamos tentando, adaptar tudo aos pouquinhos.
          Um universo novo, muita informação pela frente e salve a internet que nos salva sempre rs.
Vamos tentar receitas novas e vou postar aqui aos poucos =)

A eterna procura - Início de tudo.

    Conseguir equilíbrio, paz interior e ser uma pessoa melhor é uma busca eterna.
   No início da adolescência eu queria conhecer o mundo e conseguir interagir com ele, era muito tímida e morava num bairro com limitações de ir e vir. Fui atrás do que queria, comecei a superar meus limites e caí no teatro, vim morar no centro, tudo perto, gente diferente, um mundo enorme me engolindo. Horizontes ampliados.
   Depois de algum tempo a busca era interior, ligada a religião, sentimentos, experiências e amores. Conheci meu primeiro namorado, o segundo, sexo, trabalho, intrigas, alegrias. Perdi muito da inocência, ganhei um pouco de experiência. Ponto pra mim.
   No meio da mudança toda recebi a proteção cigana, ganhei mães, família, nome e crenças que não tenho mais como abandonar. Entrei em contato com uma alma nova.
   Nesta reviravolta neguei uma paixão e encontrei um amor verdadeiro, troquei de sonhos e fui me dar o prazer de estudar, engravidei, conheci cobrança de verdade e virei mãe. Ops, fui jogada de supetão num mundo a parte, sorte a minha.
   Tentei ser a melhor filha, mãe, esposa, aluna, vizinha, cozinheira, amiga. Não consegui, adoeci.
   Aprendi na marra que gente perfeita não existe, que agradar todo mundo é impossível e nem eu tenho essa obrigação, senti na pele que remédios (mesmo os fortes) quando necessário fazem milagres. Descobri alguns -muitos- limites. 
   Neste tempo todo errei e acertei, espero que tenham sido mais acertos.
   No momento fico na minha constante busca, já tenho experiência suficiente para admitir que erro, mudo, tento de novo e torço para ter tempo de fazer tudo.

   Esse blog começa em uma mudança bem importante, que veio de supetão assistindo o documentário abaixo "A carne é fraca", produzido pelo Instituto Nina Rosa.
   Fiquei em choque, corri pra mostrar pro Erick e assistindo de novo chorei, junto com ele.
  Então tomamos nossa decisão, mudar a alimentação, cortar quase tudo de origem animal, conhecer sobre vegetarianismo.
   A mudança é na alimentação mas se espalha para tudo, não é só uma diferença nos hábitos, é na atitude, na maneira de ver o mundo e fazer algo pra mudar.

Uma adaptação na nossa vida que começa na cozinha =)
Portanto esse blog vai falar de tudo nesta nossa nova fase !


Assista até o fim se tiver coragem !